domingo, 23 de janeiro de 2011

Logística Empresarial

    Apesar de toda empresa desenvolver atividades de suprimento, transporte, estocagem e distribuição de produtos, o termo "Logística Empresarial", como função integrada de uma empresa, é relativamente novo. Após esse novo conceito, as empresas passaram a observar que a logística tem potencial para agregar valor aos produtos e serviços disponibilizados aos clientes, o que é essencial para o cumprimento dos objetivos ligados ao sucesso das ações de marketing.
    
    A logística empresarial pode ser definida como o processo de compra, armazenamento e movimentação dos fluxos de produtos desde seu ponto de aquisição, até o ponto de consumo final, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.
    
    O objetivo da logística é tornar disponíveis produtos e serviços, no tempo certo, no local certo, em condições adequadas e ao mesmo tempo, produzir a maior contribuição possível para a empresa.
  
    Com base nesse conceito, podemos identificar as seguintes atividades primárias da logística empresarial, com os respectivos valores adicionados para os clientes:

1. Gerência de estoques, que tem como objetivo agregar "tempo de qualidade” ao produto, tornando-o disponível no tempo correto, atendendo assim às necessidades de seus clientes.
2. Gerência de transportes, que agrega valor ao produto no sentido de disponibilizá-lo no local adequado aos seus clientes, através de modais escolhidos de acordo com as características e necessidades do produto.
3. Gerência de informações, que  torna possível o acompanhamento do processo de coleta, processamento e transmissão das informações  relativas aos pedidos dos clientes, internos e externos, e de todas as informações sobre produção e despacho para os clientes, à fim de torná-lo mais eficiente.
   
     A função logística compreende um conjunto de atividades que são executadas por  diversos agentes ao longo da cadeia completa de conversão da matéria-prima em produtos finais para os clientes. Essas atividades geralmente são executadas em  locais e tempos diferentes, o que aumenta muito a complexidade de sua gestão.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O que você imagina quando o assunto é logística?

    Se quando o assunto é Logística você pensa em transporte, estoque e informação, é melhor passar a considerar o impacto que algumas mudanças têm causado ao emprego desse termo.

    Aos poucos o objeto da logística está sofrendo mudanças significativas. Esqueça transporte, estoque e informação e passe a pensar em mobilidade, disponibilidade e conectividade, termos muito mais adequados para a Economia dos Serviços e das Experiências. Os conceitos são bem mais amplos e levam em conta não só o fluxo unilateral de bens físicos, dinheiro e informação mas incorporam a bidirecionalidade dos fluxos dentro das redes sócio, técnicas, informacionais e aspectos psicológicos inclusive com o movimento de pessoas e utilidades, aspectos muito pouco considerados até hoje nas abordagens clássicas da logística, mas necessários quando a questão é entregar serviços, sensações ou conceitos.

    A inadequação da abordagem administrativa da logística, sempre muito condicionada a sua origem, é voltada apenas para a solução de problemas internos das empresas. É o conceito da chamada logística empresarial, que mesmo considerando a cadeia de suprimentos como um todo, pensa e age segundo a lógica das empresas dentro de uma visão da oferta. Todo conhecimento desenvolvido sob esse ponto de vista tem muita dificuldade para tratar questões da chamada Macro Logística, onde o coletivo predomina sobre o individual, e a gestão da demanda assume sozinha um papel tão importante quanto a gestão dos suprimentos.
     
    A segunda questão é levar em consideração a existência da logística reversa, "fluxo correto contra o fluxo que segue na contra mão", isso acontece por exemplo na área de assistência técnica, quando muitas vezes os fluxos de retorno são muito maiores e muito mais importantes que os de entrega. Outro exemplo é o da latinha de cerveja, que é resíduo para seu fabricante, mas insumo para a indústria de alumínio. O que existe, na realidade, são cadeias de suprimentos complementares dentro de redes com fluxos bidirecionais. O problema é que os conceitos da logística não foram desenvolvidos dentro de uma visão de sustentabilidade criando assim essas inadequações.