segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Introdução ao Efeito Chicote na Cadeia de Abastecimento

O conceito de efeito chicote parte do princípio de que a cadeia de suprimentos não é estável por natureza. A cadeia de suprimentos sofre constantes variações de acordo com as mudanças provocadas pela demanda do consumidor, conforme cada empresa na cadeia procura solucionar seus problemas de gestão de estoques, o que acarreta no aumento dos custos e redução do nível de serviços.



Como demonstrado pelo gráfico acima, a medida que avançamos na cadeia, a demanda por parte do consumidor provoca aumento na colocação de pedidos sempre com base nas informações do elo anterior da cadeia. O efeito, por sua vez, age na contramão do aumento no fluxo de pedidos tentando compensar o aumento dos estoques.

Em palavras simplificadas, se a demanda no consumidor cai, o fornecedor tende a esvaziar os estoques na tentativa de evitar custos desnecessários com armazenamento, porém, se há aumento na demanda, o fornecedor passa a comprar em excesso à fim de supri-la e evitar o atraso de pedidos futuros.

A mudança na demanda induz as empresas a criarem estoques de segurança que passam a ser a previsão de demanda de seu fornecedor direto.

Outras causas como promoções e mal planejamento da demanda afetam diretamente as variações de preços levando clientes e fornecedores a adequarem suas compras e estoques às necessidades um do outro, o que infelizmente não ocorre em época de crise, onde cada um passa a promover seus próprios interesses em detrimento do bem comum da cadeia.

Algumas soluções inteligentes da logística à esses aspectos negativos do efeito chicote são o compartilhamento das informações de demanda do cliente final para o fornecedor, evitando que este último trabalhe apenas com as informações do último elo da cadeia, que pode não ser real, simplificando assim o gerenciamento unificado da cadeia de abastecimento e possível redução tanto do tempo do fluxo das informações, quanto do tempo de entrega dos materiais (JIT).


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