domingo, 2 de janeiro de 2011

O que você imagina quando o assunto é logística?

    Se quando o assunto é Logística você pensa em transporte, estoque e informação, é melhor passar a considerar o impacto que algumas mudanças têm causado ao emprego desse termo.

    Aos poucos o objeto da logística está sofrendo mudanças significativas. Esqueça transporte, estoque e informação e passe a pensar em mobilidade, disponibilidade e conectividade, termos muito mais adequados para a Economia dos Serviços e das Experiências. Os conceitos são bem mais amplos e levam em conta não só o fluxo unilateral de bens físicos, dinheiro e informação mas incorporam a bidirecionalidade dos fluxos dentro das redes sócio, técnicas, informacionais e aspectos psicológicos inclusive com o movimento de pessoas e utilidades, aspectos muito pouco considerados até hoje nas abordagens clássicas da logística, mas necessários quando a questão é entregar serviços, sensações ou conceitos.

    A inadequação da abordagem administrativa da logística, sempre muito condicionada a sua origem, é voltada apenas para a solução de problemas internos das empresas. É o conceito da chamada logística empresarial, que mesmo considerando a cadeia de suprimentos como um todo, pensa e age segundo a lógica das empresas dentro de uma visão da oferta. Todo conhecimento desenvolvido sob esse ponto de vista tem muita dificuldade para tratar questões da chamada Macro Logística, onde o coletivo predomina sobre o individual, e a gestão da demanda assume sozinha um papel tão importante quanto a gestão dos suprimentos.
     
    A segunda questão é levar em consideração a existência da logística reversa, "fluxo correto contra o fluxo que segue na contra mão", isso acontece por exemplo na área de assistência técnica, quando muitas vezes os fluxos de retorno são muito maiores e muito mais importantes que os de entrega. Outro exemplo é o da latinha de cerveja, que é resíduo para seu fabricante, mas insumo para a indústria de alumínio. O que existe, na realidade, são cadeias de suprimentos complementares dentro de redes com fluxos bidirecionais. O problema é que os conceitos da logística não foram desenvolvidos dentro de uma visão de sustentabilidade criando assim essas inadequações.


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